O osso escafóide é um dos oito pequenos ossos que compõem a articulação do punho. As duas fileiras de pequenos ossos do pulso atuam em conjunto para permitir a ampla variedade de posições e movimentos do punho que consideramos normais. Ele estende e liga essas duas fileiras e, portanto, tem um papel especial na estabilidade do punho e na coordenação do movimento do punho.

 

O escafoide é vulnerável à fratura devido à sua posição no punho e seu papel e função no funcionamento do punho. Quando o osso escafóide está quebrado, ele pode não cicatrizar adequadamente porque tem um suprimento sanguíneo muito frágil. As fraturas do escafoide que não cicatrizam são chamadas de pseudartrose do escafoide.

 

Analogamente, os ossos do punho funcionam como engrenagens, isto é, cada uma tem uma função no funcionamento normal do punho. Assim como em uma máquina, se há uma engrenagem desgastada ou quebrada, com o tempo as outras também são afetadas. No punho, o escafóide em pseudartrose (fratura não colada), funcionando dessa forma durante o tempo traz um desgaste de toda articulação que chamamos de artrose.

 

Sintomas

 

Os pacientes com pseudoartrose do escafoide geralmente apresentam história de lesão prévia no punho, especialmente queda sobre o punho esticado. Pode ter sentido dor na época, inchaço no punho que melhorou por algum tempo. Eles normalmente terão dor no punho no lado do polegar e também podem ter mobilidade reduzida, particularmente a extensão do punho.

 

Diagnóstico

 

Fraturas e pseudoartroses do escafoide geralmente são confirmadas por radiografias do punho. Em muitos casos, exames especiais de raios-x também são usados para decidir a melhor abordagem de tratamento. Uma tomografia computadorizada é útil para verificar o colapso do escafoide sobre si mesmo, resultando em uma curvatura no osso, que é chamada de deformidade de “corcunda”. A RNM pode ser solicitada em dúvidas quanto a vascularização do escafóide e/ou artrose.

 

Figura 1 – Sintoma de dor na região radial do punho (dor logo abaixo do polegar)

 

Figura 2 – Pseudartrose do escafóide com artrose no punho

 

Figura 3 – Fratura do punho aguda

 

Tratamento

 

O tratamento das pseudartroses são bem variáveis e dependem da localização do escafóide onde foi a fratura, tempo de história do trauma até o diagnóstico, se tem ou não artrose associada e o status vascular do polo proximal do escafóide. A grosso modo, e na maioria das pseudartroses, o tratamento consiste em colocar um osso novo no local onde foi a fratura (chamado enxerto ósseo) e fixar o escafóide com parafuso ou placa.

O tratamento tem um índice de sucesso bom para consolidação óssea que pode chegar a 85% dos casos. No entanto casos que já possuem uma limitação grande de movimento, artrose, ou muito tempo de história, apesar da consolidação do osso podem ficar com uma sequela permanente.

Procure um cirurgião de mão para saber a melhor opção de tratamento!

 

Figura 4 – Pós operatório de enxerto ósseo e fixação com parafuso

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