Dedo em Martelo

O “dedo em martelo” é uma deformidade causada quando o tendão responsável por esticar a ponta do dedo (tendão extensor terminal) é lesionado. Quando ocorre algum trauma na ponta do dedo, a flexão forçada faz uma tração excessiva no tendão que pode romper e, algumas vezes, até avulsionar um pedaço de osso junto com o tendão. Como consequência, instala-se a deformidade em flexão e uma incapacidade de extensão da ponta do dedo acometido.

Causas

A causa mais comum é o trauma direto na ponta do dedo, geralmente com bolas, causando uma flexão forçada da falange distal. Outras causas menos frequentes são ferimentos na região dorsal do dedo e doenças reumáticas como artrite reumatoide.

Sinais e sintomas

A queixa inicia-se após um trauma que evoluiu com a deformidade em flexão da ponta do dedo. Outros sinais e sintomas que acompanham são:
- Dor local
- Incapacidade de esticar o dedo sem auxílio da outra mão
- Equimose / Hematoma (No dedo ou embaixo da unha)
- Edema (inchaço)

Diagnóstico

A aparência do dedo é bem característica e o diagnóstico é clínico. O radiografia é importante para avaliar se há fratura concomitante e se o alinhamento articular está mantido.

Tratamento

Uma parte dos dedos em martelo podem ser tratadas sem a necessidade de cirurgia. Esse tratamento é feito através da imobilização da articulação distal do dedo com uma tala metálica mantendo o mesmo esticado. O tratamento dura 8 semanas e o acompanhamento deve ser frequente.
Em casos de fraturas desviadas, condições associadas que impeçam o uso da tala (lesões de pele) ou perda do alinhamento articular a cirurgia é indicada. Existem algumas técnicas que podem ser utilizadas, sendo a mais comum delas a fixação com fios de Kirchner. Dependendo do tipo da lesão o médico indicara o tipo de cirurgia mais adequado.
Os resultados funcionais são satisfatórios na maioria dos casos, porém, uma dificuldade de esticar todo o dedo é esperada tanto no tratamento cirúrgico como no não cirúrgico.

Pós-operatório

No período pós operatório o dedo fica imobilizado durante 6 a 8 semanas, e após essa fase, o fio de Kirchner é retirado. Uma tala é utilizada por mais duas semanas de forma intermitente até o final do tratamento. As possíveis complicações são: infecção no trajeto do fio de Kirchner, déficit de extensão residual (geralmente não mais que 10o), rigidez da articulação e artrose pós traumática.
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