Dedo em Gatilho

A tenossinovite estenosante do tendão flexor da mão é conhecida como “Dedo em Gatilho”. Os tendões flexores (estruturas responsáveis por dobrar os dedos), para ficarem perto dos ossos e transmitirem a força muscular até o osso, passam dentro das polias. Este sistema assemelha-se a forma que a linha de pesca permanece sempre próximo a vara. O dedo em gatilho acontece devido a um processo inflamatório que ocasiona uma diminuição da polia em relação ao tendão, causando assim, uma dificuldade de excursão do tendão.

Causas

A maioria dos casos é idiopático (sem causa conhecida). No entanto pode estar associado a gota, diabetes e doenças reumáticas. Pode afetar vários dedos, sendo mais comum no polegar e anelar. Duas vezes mais comum nas mulheres, e acomete com mais frequência pacientes acima dos 30 anos de idade.

Sinais e sintomas

A fase inicial pode corresponder a uma dor na base dos dedos ou polegar acompanhada ou não de um abaulamento local. Outros sintomas são:
- Dor
- Travamento do dedo
- Limitação de movimento
- Sensação que o tendão esta “raspando”

Diagnóstico

Além da história clínica, o diagnóstico é feito através do exame clínico que apresenta dor na região da polia A1, palpação de um nódulo na base do dedo e travamento do mesmo quando o dedo é dobrado e esticado. As vezes é necessário ajuda da outra mão para destravar o dedo e em casos mais avançados o dedo pode ficar travado esticado, incapacitado de dobrar. A ultrassonografia pode ser realizada em caso de dúvida diagnóstica.

Tratamento

O tratamento nos casos iniciais pode ser feito através de infiltrações locais com corticoesteróide na região da polia que está afetada. Em casos mais avançados, ou que não obtiveram melhora com a infiltração a cirurgia é indicada.
O procedimento é realizado sob anestesia local ou regional, através de uma incisão na palma da mão e liberação da polia onde o tendão trava.

Pós-operatório

Após a cirurgia um curativo pequeno é utilizado até a retirada dos pontos (10 a 14 dias) e a mobilização do dedo operado é estimulada já no primeiro dia pós-operatório. O uso da mão para todas as atividades é liberado com 3 a 4 semanas.
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